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Quem somos nós.

Meros mortais, um grupo de 8 pessoas que n se conhecem; ou se conhecem; não sei!
Que decidimos em conjunto; ou não a escrever sobre pecados.

No final de cada ciclo, sorteamos o proximo pecado que cada um defenderá, a idéia é cada autor escrever sobre cada pecado, e assim, finalizando um total de 64 posts, 8 visões sobre 8 vícios.

Sejam bem vindos!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

VAIDADE...




Oiiiiiiiiiii,
Quanto tempo!!!
Pêra aiiiiii gente, hoje essa beldade vai me dar o prazer de se assentar ao meu lado, não vai?
Hoje é minha vez.
Kkkkkkkk
Inveja é fooooooooda, mas..... e ai?
Saudades de você trem gostoso.
Aqui, acredita que ontem mesmo ouvimos falar horroooooooooooooooores de você?
Pois é, tinha um cacho seu na nossa roda de amigos, daí jogamos um verdade e conseqüência e já viu né, seu nome estava no topo da lista de perguntas. Nossa, seu desmpenho sexual foi um dos tópicos mais explorados na noite, rolou até sobre posições, caras e bocas, putz, confesso que me deu vontade de provar viu, to com água na boca até agora...
Aqui, todos comentavam sobre como você está bem e como sua aparência está sempre melhor a cada dia, falamos sobre sua carreira, escola, roupas, em fim, sua orelha deve ter queimado a noite inteira.
Kkk
São seus olhos...
Nossa quem dera se isso fosse realmente verdade...
Meu maior sonho é que um dia você me olhasse além das aparências..
Iiiiii gente, para, não to azarando nada. Estou dizendo a verdade ué, fala que vocês também não queriam a chance.
Caramba até me esqueci desses malas...
Desculpa,
Não queria ser inconveniente...
Você se incomodaria se conversássemos em particular.

[TEMPO]

Desculpa a ousadia....
Er.... Estou meio sem graça....
Minhas mãos?
Não é nada, é que estão frias veja...
Quer dizer suadas, há sei lá.
Bom, vou ir direto ao assunto; sei que você já deve ter notado o quanto eu te olho e te admiro, queria saber se eu posso ao menos sonhar com uma chance....
Pronto, falei, é isso.
Hã.
Entendo, desculpa se...
Não, eu sei, desculpa mesmo é que....
Ta bom, já parei de me desculpar é que estou sem jeito, eu não sabia...
É realmente precisamos de um tempo para nos esquecermos e nos envolvermos novamente com alguém, eu precipitei as coisas.
É sua beleza e carisma, cativa a todos, por isso quis te fazer sorrir novamente, tava só brincando er...
Tudo bem, vamos sim os amigos nos esperam,
Realmente,
É, é chato mesmo...
[TEMPO]
“E DEPOIS DE MUITO SE ARRUMAR E SE ADMIRAR NO ESPELHO, A VAIDADE SAI PARA UM PASSEIO COM A LUXÚRIA E A IRA, JÁ TREINOU TODAS AS REAÇÕES, TREJEITOS, OLHARES E CARINHAS QUE FARÁ DURANTE A CONVERSSA...”

É algo assim que você meu amigo, é, você quem está lendo, é ao menos uma fala dessas que no fundo que você espera ouvir quando se arruma, quando para em frente a mim, é isso que seu íntimo deseja e você sabe que é verdade.
Sou a vaidade,
Apenas um espelho de você.




-------------------------------------------------------------------------------------------------PEÇO PERDÃO A VOCÊS LEITORES E COMPANHEIROS DE BLOG POR ACRESCENTAR TARDIAMENTE ESTE TEXO QUE PROSSEGUE, MAS NA VERDADE ESSE ERA O TEXTO ORIGUINAL. CONFESSO QUE FIQUEI RECEOSA DE POSTA-LO INICIALMENTE POR NÃO CONSIDERA-LO A ALTURA DE MEUS COLEGAS DE POSTAGEM, AFINAL ESTAMOS TRATANDO DE PESSOAS EXÍMIAS NO QUE ESTÃO FAZENDO, MAS CONFESSO A VOCÊS E ISSO EM OFF, QUE A VAIDADE É DE FATO MEU PECADO, ALIÁS, UMA DE SUAS CARAS, E COMO TODOS AQUI TEM SIDO BEM SINCEROS ENTENDÍ QUE ESTE É REALMENTE O TEXTO PRINCIPAL. PERDOEM-ME NOVAMENTE A INSEGURANÇA E APROVEITEM A LEITURA.
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DO ORGULHO PARA VAIDADE


Oi, sou eu e ainda serei eu se você não quiser.
Tenho já algumas experiências de vida o que não me impede de querer viver cada vez mais, meu tempo é curto aqui e o seu também, tenho certeza que morreremos jovens, pois minha mente não envelhece.
Não desisto nunca do que eu quero e já tenho opinião formada. Vida agitada sabe, o final do poço, da rua do sonho pra mim é sempre recomeço e é da última gota que me alimento, sou fênix é dependo só de mim para acender aos céus, por isso não preciso de sua piedade, a minha já me basta.
Não participo de exames de seleção, se você não me quiser é por que eu não o quero mais já há algum tempo, só não tinha parado pra pensar nisso...
Você não é o único que me interessa. Talvez o único que já interessou.
Sou mulher de poucos amores, mas de raízes profundas, te amo eternamente, mas o eterno é brando e dá pra conviver com isso, amar é mais calmo que se apaixonar por isso cultivo amores, poucos, pois amar dá trabalho, é plantinha melindrosa e bizarra, pois cresce na terra de um coração ressequido e ouvi dizer que de areia não nasce vida, talvez por isso tudo que amo possui raiz profunda, mas se me chateia, com uma só mão arranco sem mais problemas. Areia não dá liga sozinha sabe.
Sonho com você, mas quando acordo ainda vou trabalhar, seu dinheiro não me compra e o que você conquistou é muito pouco para o que eu anseio, não quero carro do ano, quero o meu carro, mesmo que seja fusca, não quero sua casa, tenho o meu palácio e é nele que me refugio todas as noites, vigias noturnos me dão dor de cabeça com suas motos e mentes pequenas pensando apenas no pão de amanhã, já fui assim quando era criança, os pequenos se contentam com pouco... Tenho uma guarda armada até os dentes (literalmente) e meu guardião de confiança fica ao lado de minha cama para que eu possa dormir tranqüila. Minha moeda tem maior cotação que o euro e nem todo seu dinheiro é capaz de pagar, pois é feita do suor e do sangue do meu rosto, mas sua contribuição é bem vinda enquanto batalhar ao meu lado, e não me venha com futilezas, minha blusa de chita esquenta da mesma forma que sua blusa de marca só que o meu vendedor é gentil de verdade.
Não acredito em amor, sexo está mais a mão e é palpável, não dá trabalho e é descartável, mas há relatos de pessoas mais velhas que cogitam essa possibilidade, pois ouviram falar de alguém que teve um amor de verdade, do tipo almas gêmeas, já vi esse filme, é lindo, mas não deu muita bilheteria era de Walt Disney? Não me lembro... E isso na verdade não me importa.
O mundo me preocupa, a verdade e a realidade do povo não são a verdade e a realidade da vida, da minha vida, sua realidade não é a mesma da minha e vivemos todos em mundos paralelos e não há socialismo que possa mudar isso, eu não quero, você não quer e isso não vai mudar nunca somos quem podemos ser ou realmente queremos ser.
Justiça sim, tem de ser feita nem que seja pelas próprias mãos, e estou estudando arduamente para fazê-la nascer das minhas, se será justo eu não sei, mas isso eu penso depois, o caminho é longo e tenho ainda muito que andar.
Suas vitórias são vitórias para você e isso não me interessa mais, não sou o tipo de platéia que você quer, não tenho status para lhe dar parabéns nem acredito que tudo que você conquistou foi mérito seu, medalhas também são compradas e o tempo também dá títulos, eu cavo dia a dia as minhas vitórias e não é você que está lá para comemorar comigo, e quer saber, não me faz mais falta. Minhas vitórias não têm troféus nem medalhas, mas isso a gente guarda no fundo da gaveta, o reconhecimento de minhas proezas, mesmo que pequenas está estampado todos os dias no rosto e no coração de quem a anos come um quilo de sal comigo e é a eles quem devo parabenizar ou ansiar pela presença.
Não espero que resolva meus problemas, sempre o fiz sozinha e se tive alguma ajuda foi por mãos amigas que tem como paga minha fidelidade e gratidão eternas, de você esperava apenas um conselho ou um colo, pois pensava ter em você um ombro amigo ou um refúgio, mas desde a FEBEM entendi que meu único abrigo é minha coragem, insistência e força de vontade de nunca desistir, o mundo não é para os fracos e cada lágrima que eu engulo e impeço de rolar petrifica meu coração e esses sentimentos baratos como amor, autopiedade e sonho.
Eu não sonho, construo ou destruo se é preciso, mas nada mais me para, reação em cadeia sabe, um não, um soco ou um tapa na cara para mim tem o mesmo peso e a mesma medida, é como ignorar minha chamada, se eu te procuro é por que tenho necessidade de você neste momento, mas a reação que essa ação ou não ação sua terá em mim sempre será a mesma, meu ódio, tristeza, revolta ou abandono sempre se transforma em impulso e é assim que eu vou.
Sou PANDORA SAMANHTA,Tenho 28 anos, sou lésbica.
Uma filha e uma passagem pela FEBEM,Tenho parentes genéricos escolhidos e selecionados a dedo, pois os meus não me servem nem de consolo nem de exemplo.
Tenho amigos que passaram pelas mesmas provas.
Tenho minha casa e meus cães que são na verdade mais que amigos.
Sou estudante de direito e futura juíza federal.
Sou eu, o orgulho, sem vaidades quer você queira ou não.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Amor,o Oitavo Pecado









"Descubro com melancolia que o meu egoísmo não era tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar.
Meninina, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.
Os contos de fada são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: "Era só um conto de fadas..." E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não estamos sorrindo."(O amor do pequeno príncipe De:Antoine de Saint-Exupery)


"Ainda que eu falasse a língua dos anjos e falasse a língua dos homens,sem amor eu nada seria...O amor é sempre paciente e generoso.
Nunca é invejoso
O amor nunca é prepotente nem orgulhoso
Não é rude nem egoísta
Não se ofende nem se ressente do mal
Não se alegra do pecado alheio
Não se regozija com a vontade
e tudo perdoa, tudo crê, tudo espera e tudo tolera
Seja o que vier... "(Coríntios 13)


Ah o amor!Tema que todos os poetas do mundo tem idealizado através dos séculos e julgam conhecer profundamente,pintando-o como o sentimento mais sublime e divino sobre a face da terra;Sentimento maguinífico sem o qual as artes,o cinema,a literatura seriam pobres,de certo.É sabido que todos os amantes do mundo julgam-se eternos e de certa forma amados e amando, e que todas as mães do mundo julgam serem o delas o maior amor do mundo,em fim,não ha ser humano que possa passar pela vida sem amar alguém ou alguma coisa,certo?
Mas o que podemos chamar de amor?
Tenho observado muito minunciosamente muita coisa sórdida por parte das pessoas que dizem amar umas as outras e percebo que o "grande rei" adorado ao longo dos tempos por toda humanidade,tem uma face monstruosa oculta.
Já dizia o poeta:
"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma."
Mas não é isto que se ve por ai.Na verdade é bem exatamente o contrário.Quanto maior o laço,mais se aprende como acorrentar e torturar uma alma.
A verdade é que todo mundo usa aquilo que ama,o acorrenta,vilipendia e quando achar necessário certamente o tortuturará para satisfazer seu ego,sua vaidade e necessidades egoísticas.A pessoa a quem voce mais diz amar,com certeza será a que voce mais manipulará, a que mais magoará e com a qual será mais incomprensivo.Ela te mostrará suas fraquezas,te confiará teus segredos mais preciosos e íntimos e pontos mais vulneráveis e voce os usará contra ela,fatalmente na primeira oportunidade que tiver,usará suas palavras contra ela,e cobrará caro,exigirá muito dela,justamente por saber que ela lhe ama.
O afeto,o amor,parece não passar de uma mercadoria, mais valiosa que ouro,sem a qual os seres humanos se sentem,fracassados,vazios e morimbundos.Talvez a única garantia de que temos algum valor,talvez seja o afeto, a única prova irrefutável e viva de nossa própria existencia e ao mesmo tempo uma sensação de aconchego e alívio de todas as angústias e necessidades do corpo e da alma.
E sendo assim,os seres humanos fazem de tudo para obterem a maior quantidade deste 'elixir' divino:Mentem,trapaceiam,caluniam,roubam,traem e fazem qualquer baixeza por um objetivo egoístico e mesquinho.E tudo torna-se parte de um jogo sórdido sem regras,enfeitado e camuflado como sentimento sublime e cheio de graça.Eis que transformam o que deveria ser uma dádiva em mais um pecado mundano.
Um exemplo clássico são as mães.Sim,estas "criaturas de amor superior,que são capazes de sacrifícios sobre-humanos pela felicidade do filho de forma autruísta e desinteressada..."
Que sempre sob a desculpa de "proteger" seus filhos,o trancafiam sob seu domínio e afeição.
Ora,a velha rivalidade entre sogra e nora mesmo...Pois se as mães realmente quisessem a felicidade plena de seus filhos,desejariam ardentemente que fossem amados e correspondidos em plenitude em suas afeiçoes,que encontrassem uma mulher que pudesse lhes completar e satisfazer nas suas necessidades masculinas,que se casassem e fossem muito felizes.Em vez disto o que fazem?Todo tipo de crítica a qualquer afeto que eles venham a ter,intrigas,cenas de ciúme,chantagens emocionais,fofocas,etc...Ora,o problema da inadimplencia no mundo estaria resolvido,se colocassem como cobradoras,as mães.Estas sabem listar um milhão de vezes todos os sacrifícios, gestos de amor e dedicação que tenha feito pelo filho,incluindo juros e correção monetária,desde sua concepção de modo a causar-lhe tamanho remorso e culpa,que este se ve um eterno devedor de uma dívida a qual jamais poderia pagar.E sendo assim,se torna escravo do que a mae acha certo.
Com o 'amor' entre irmãos 'o monstro' mostra ainda maior parte da carranca.Podem dizer que são cúmplices,amigos e companheiros,mas basta que um dos pais presenteie ou favoreça minimamente mais a um dos dois para mostrarem os dentes,denunciarem-se,acusarem-se,dizerem-se injustiçados e destruirem a felicidade de que o outro gozava.
O amor entre amigos,este sim.É um dos mais curiosos.Se alguém me pedisse a fómula para uma amizade perfeita e duradoura eu diria:Ofereça e doe a seu amigo muito mais do que ele poderá te oferecer.Jamais diga-lhe verdades incovenientes,mesmo que seja questão de vida ou morte para ele ouvi-las.Diga-lhes apenas aquilo que eles querem ouvir.E nunca seja obviamente mais feliz e realizado que ele.Pois nada o magoaria tanto.
O amor entre homem e mulher ou entre amantes em geral,mostra-se na verdade um dos mais cheios de armadilhas e intereses.O objeto de afeição aqui é uma mera fonte de prazer e vantagens,um mero provedor de felicidade e bem estar .O que acontece ao iniciarmos uma relação na maioria das vezes,mesmo que não aditamos,é pensar no que o outro pode nos oferecer e jamais pelo que podemos acrescentar em sua vida.Tudo conta:berço,beleza,inteligencia,personilidade,sua cultura,posses,estudo,bens,classe social,suas relaçoes sociais,habilidades como amantes,etc..E se tiver algum outro indivíduo que possa nos oferecer mais,nem que seja em pensamentos a traição,será uma questão de tempo.E tudo será justificado com uma frase do tipo:-'Me desculpe,aconteceu!Eu não pude evitar,estas coisas agente não escolhe,acontecem!'E lá se vão anos de lembranças,dedicação,confiança,sonhos,intimidade e coisas construídas por água abaixo!Isto quando o conjugue infiel tem a decencia de revelar a traição,porque na maioria das vezes,este fica com tudo o que pode de ambos os amantes,numa vida dupla.Ainda falando de amores conjulgais,quem nunca se extasiou de vaidade ao partir o coração de alguém?Isto sem citar os que colecionam coraçoes partidos,para que estes lhe inflem o ego.
Amor Fraterno?Há quem diga que existe,mas quando se olha bem de perto,na maioria das vezes,é alguém com um intrínseco complexo de inferiorioridade que quer se sentir moralmente superior ao resto da humanidade,mesmo porque,este sempre dá um jeitinho de fazer com que todos saibam da sua"Boa ação".Aliás,conheço vários out-doors bem mais discretos e modestos quando se trata de publicidade.
Isto sem contar que o que se chama de"'AMOR" nos seres humanos é permeado de mesquinharias,mágoas,picuinhas,revanchismos e rancores.Ora,se é amor,deveria ser generoso,não apenas saber,mas almejar perdoar e ser indulgente com o objeto de seu afeto,não se ressentir,nunca se amargurar.Falta um infinito cuidado e generosidade...Se amássemos como um jardineiro cultiva uma roseira,se dedicássemos todo o nosso cuidado apenas por ve-la florecer,apenas por sentir o esplendor do perfume daquilo que amamos isto seria nossa salvação,não esta fonte de dores,mal entendidos,tristezas e perdição.
Realmente na civilização humana,o amor olhando-se mais a fundo se tornou o oitavo pecado capital,o único realmente imperdoável ao qual todos perdoam.Em nome do qual são cometidas as maiores temeridades,um mito de perfeição que hipocritamente é mantido a qualquer custo de forma patética sob a camuflagem da poética.Ou se há algum indício de amor ele está realmente muito deturpado,doente,corrompido e profundamente desvirtuado.Como tudo que é natural e que as mãos humanas tocam.Certamente monstruoso não é o amor em sí,mas sim a forma distorcida, pequena e mesquinha como o vemos.Mas ainda sim,um pecado como acontece entre nós.
Triste é saber que ao pensar que amamos,pecamos...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Luxúria. Um nome, de incontáveis pecados…




























Mãos que deslizam, pele suada, abraço arretado, beijos eternos. Saliva, línguas, pernas entrelaçadas, costas nuas, pescoço marcado, mordidas de leve, toques ariscos, pés que se encontram. De quatro, de costas, de lado, como Deus manda e como o Diabo gosta. Animal, sensual, tântrico, virtual. No olhar, e ás vezes no telefone. Mas sobretudo, na imaginação. Desejo, tesão, orgasmo, êxtase, glória. Abraço tranquilo, exaustão, carinho. E no entanto, a luxúria não se restringe ao sexo. Ela vive nos lençóis de seda, no colchão profundo, no suéter macio. Escorre no chuveiro, acariciando a pele nua com volúpia; acarinhando os cabelos cheios de espuma, percorrendo caminhos indecentes com o sabonete. A luxúria adora se enredar nos cabelos: soltos ao vento, desgrenhados na cama, molhados da chuva. Ah, banho de chuva… transgressão de criança que alimenta a luxúria da alma. Luxúria é o pecado de ser livre, de apreciar cada momento com toda a força da alma, de desfrutar a vida em plenitude, de saber que cada segundo é único. De não ter vergonha de ser feliz, nem de ser de verdade. A luxúria é o pecado de viver o hoje, o agora, sem desperdiçar tempo. A luxúria é o pecado mais autêntico de todos. É o maior pecado dos vampiros que os fazem tão vaidosos e sedutores.
Dos sete pecados capitais é o mais visado pela Igreja e o mais tolerado pela sociedade. Arrisco-me a dizer que, sem ele não haveria arte: literatura, escultura, música, pintura, todos movidos a paixão, lascívia, sensualidade.


Santo Agostinho estava certo: “O pecado é excesso do Bom.” O dicionário diz que a Luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. A Igreja diz que a Luxúria é um dos sete pecados capitais e consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade. E eu digo que a Luxúria é muito bom!
Mas não estou falando da luxúria gulosa. Li uma vez que a Gula é o prazer primário, do 2º centro de força, que é a compulsão, avidez pelo prazer que a troca com o outro traz. (Seja da comida, do sexo, do afeto, do álcool ou das drogas). O pecado da Gula é a busca desmedida que o prazer nos leva, sem levar em conta a qualidade. Os gulosos desejam mais e mais até se empanturrarem. A quantidade é que conta, não a qualidade. Não toleram a falta e não há individualização para escolhas elaboradas. Favorece a escolha da mesma, tipo sociedade de massa. Uma boa imagem da Gula são as orgias romanas ou os inúmeros modelos de diversão oferecidos pela sociedade americana. São eles os legítimos representantes dos “rodízios ávidos de prazeres primários”. Assim, quase todos os exemplos de luxúria que são citados não passam de grosseiros pecados da Gula.


O sofisticado pecado da Luxúria é uma orgia do sentir com grande refinamento sensual. Necessita de tempo, qualidade, magia dos sentidos, liberdade de criação e abundância que é a condição de quem não tem medo da falta. Condição que o estressado homem atual está longe de possuir. Como ser um libertino, ou seja, como usar desmedidamente sua liberdade, se não sente condições de dispor de sua pessoa de forma livre e espontânea?
A luxúria começa na imaginação de cada um, é uma forma de interagir e vivenciar as próprias fantasias e também de explorar a imaginação alheia. Sedução, provocação, dor, sadomasoquismo, exibicionismo são apenas alguns poucos exemplos do que pode ser luxúria.
Ninon de Lanclos, a bela cortesã francesa dizia que “A beleza sem sensualidade é um anzol sem isca”;concordo e assino embaixo. Asmodeu, o demônio da luxuria está muito contente conosco, os brasileiros; considerados o povo mais sensual do planeta, ele terá muitos clientes. hahahaha...
Pela primeira vez na história desenvolvemos ferramentas para produzir sonhos materializados em escala industrial que são devidamente expostos em vitrines. Sonhos-objetos que são desejados por milhares e possuídos por poucos, muito poucos… Vivenciamos uma época onde o valor é atribuído ao preço que estamos dispostos a pagar, por possuir algo único e desejável, dessa forma o preço é definido pela sensação de satisfação que o sonho-objeto propicia a quem pode pagar por ele.


Sentir prazer está na moda. Cultuamos o prazer a tal ponto que em função dele, somos convencidos a procurá-lo a todo custo. Somos motivados a vivenciar situações, conhecer pessoas… experimentar novidades… O prazer, ou melhor, o Princípio do Prazer é alçado como um “Ideal de Vida” para gerações inteira: em função dele devemos viver e até – por que não – nos perder: “O que importa é o hoje, o agora”… “Aproveite o momento, carpe diem”, “Viva intensamente”… Somos induzidos a associar prazer com felicidade e sucesso. Quando não nos sentimentos saciados, quando não encontramos este prazer, adoecemos. Deparamo-nos com uma valorização desmedida da auto-satisfação. Comportamentos e vontades são regidos por ela com maestria, sem nos preocuparmos com as consequências. Na luxúria encontramos este princípio do prazer representado da melhor forma possível. A luxúria simboliza este mundo de sensações materiais, carnais, onde a lei da oferta e procura rege todas as relações humanas. Onde a saciação do desejo é o objetivo final de toda a existência. A luxúria é portanto o pecado capital mais cultuado e descaradamente celebrado do momento. Comumente associamos luxúria ao sexo e não é por menos: o sexo e o êxtase intenso no momento do gozo elicia no organismo uma sensação física de satisfação poderosa. O gozo é a prova física que é possível sentir-se satisfeito. A excitação sexual abrange insondáveis níveis de prazeres. Somos seduzidos pelo poder do toque, nos rendemos à umidificação dos pequenos e grandes lábios. entregamo-nos à excitação física e psicológica dos beijos e carícias. Até sentir todos os tons da explosão magnífica do prazer corporal. O único problema é que a sensação dura pouquíssimo tempo… Acabamos por ficar tão viciados na sensação de bem-estar dos segundos de explosão sexual que criamos a todo custo paliativos que se propõe a imitar e satisfazer só um pouquinho aquele desejo... Buscando o alívio de tantas tensões físicas, emocionais, espirituais…


Um dos paliativos ao sexo é a busca pelo status quo: vivemos relações superficiais, de trocas e favores, onde os sentimentos são negligenciados e o que se importa é o quanto se pode ganhar e aonde se pode chegar.
Usamos e somos usados como ferramentas para atingir o que se deseja, sendo devidamente descartados quando não se possui mais serventia. Estamos cometendo o pecado da luxúria quando não medimos a consequência das nossas ações, desvalorizando o outro e o seu bem-estar. Inicia-se assim a busca do conhecimento advindo do desejo por desejar.


A luxúria nutrida pela vaidade e a gula, leva-nos a vivenciar situações de cegueira e narcisismo emocional. Não nos interessamos em conhecer a pessoa, somos levados a experimentar as sensações que elas produzem em nós. Descartando-as assim que o desejo é saciado. Por representar a busca do desejo, pelo desejo… ao exercer a luxúria vamos usando e descartando as pessoas, ao nosso bel-prazer. Através da sedução, do mistério e do bem-estar, rapidamente vamos atingindo degrau a degrau o status que avidamente desejamos. Quando atingimos este nível de cegueira emocional encontramo-nos dominados pelo narcisismo exacerbado: ostentamos o poder que possuímos, sem vergonha nem pudor. Esse poder seduz os desavisados que habitam a periferia da nossa vaidade, mal suspeitando que serão as próximas vítimas da nossa sede de desejo material ou sexual...
Pela busca infindável da satisfação dos desejos somos consumidos pela Ira de não saciarmo-nos por completo. Caminhamos deste modo em direção a um infernal abismo de ilusões não satisfeitas. E de situações que criamos sem querer. pela sede de conhecer o que existe além do que se sente…

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gula - Comer bem é a melhor vingança

Segundo o dicionário Aurélio, gula é
o "apego excessivo a boas iguarias", ou ainda "excesso na comida e na bebida"
Nem mesmo a igreja católica, classificando-a entre um dos sete pecados capitais, preocupa-se com as razões que levam os seus fiéis a comer sem prazer qualquer tipo de alimento, sem conseguir saciar aquilo que, naquele momento, o inocente pecador chama de fome. Em verdade o guloso não tem consciência de que aquilo que para ele nem sempre é um problema, está carimbado como um estigma desde suas primeiras horas de vida: todos nós começamos a conhecer o mundo através da boca.

Uma criança nasce, cresce e chora. Está com fome, com frio,

Solitária, não consegue entender o que está acontecendo. Fica assustada e confusa. Em qualquer uma dessas situações a mãe pega a criança e a leva ao seio: a criança se sente bem novamente.
Quando o bebê chora a mãe associa o choro à fome e mesmo que a criança esteja saciada oferece o peito que é aceito prontamente como forma de carinho e aconchego. E nós adultos, o que fazemos? Sentimos fome, vamos à geladeira. Sentimos frio, vamos até a geladeira. Estamos solitários, vamos até a geladeira. Não entendemos o que está acontecendo no mundo, vamos à geladeira. Estamos deprimidos, vamos à geladeira.

Na realidade, para cada situação de insatisfação, solidão, depressão, buscamos a comida...

E quanto mais se come, mais se perde o controle, desencadeando um sentimento de frustração, ansiedade e culpa, gerando assim uma grande insatisfação pessoal e também com o mundo.

A gula pode ser encarada como um comportamento "over", excessivo, que se manifesta em vários outros planos como o emocional, sexual, social, financeiro, etc.

A gula é, portanto, um importante sinalizador que avalia o momento que a pessoa está vivendo; o que precisa ser transformado, mudado ou substituído.

Sintetizando, a gula é um comportamento compulsivo onde existe uma insatisfação total e irrestrita consigo mesmo e a tentativa de encontrar um remédio para esta angústia, desencadeia sentimentos de frustração e ansiedade que se aplacam com o avassalador ataque ao seu objeto de "prazer".

sábado, 2 de maio de 2009

PONTOFINAL.


Algumas pessoas estão muito preocupadas com o que pensam ou vão dizer delas.

Nunca me importei com isso; já me insultaram e disseram coisas que não vejo como a minha verdade.

A única coisa que verdadeiramente me importa é a minha tranqüilidade e tudo que conseguirei lucrar com o que eu faço.

Nada no mundo vem de graça e é por isso que nunca dei nada a ninguém, as pessoas devem e tem a obrigação de saber o preço de cada coisa.

Não me julguem de egoísta, isso é um simples depoimento, No mundo em que estamos, funciona e sempre funcionou como a famosa lei Darwiniana, “se você não se adapta você não sobrevive”, e isso não sou eu que estou dizendo, são anos de história.

Os grandes sempre comem os pequenos, os espertos sempre passam os burros, e os maus sempre se dão melhor que os bonzinhos, e estou aqui porque sou grande, esperto e não digo mau, mas ambicioso.

Não quero saber de filantropia, ajudar quem não tem nada, isso é para seres iluminados. Eu com certeza não faço parte desse grupo seleto.

Tudo se entrelaça; o mundo não para, se você para pra respirar os outros respiram mais que você.

Poderia escrever textos e textos sobre a importância de se economizar, mas acho que você não vale o esforço que eu teria em fazê-lo entender o quão egoísta este mundo pode ser.

Egoísmo! Gosto dessa palavra. Não pelo o que ela significa, mas sim pelo o que ela representa. Egoísmo é sinal de esperteza, de amor próprio, de viver a sua vida pensando no seu bem.

As pessoas estão preocupadas com o amor utópico de filmes de romance.
Que amor coisa nenhuma!


Amor não enche barriga, não paga as contas, não te dá educação, não sustenta uma casa, amor foi feito pra quem não tem mais nada o que fazer.

É como minha mãe dizia. “- Quando a fome chega pela porta o amor sai pela janela".
Quem ama não passa de um sonhador sem futuro. Quando se ama se é sugado, projetos são divididos, sonhos passam a ser compartilhados, é tudo teoricamente muito lindo, mas na hora de pagar a fatura de um cartão não é o amor quem paga.


É você!

Por isso não me venha com essa de amor, no mundo da globalização, da comida congelada, do microondas, não existe lugar para o amor, no máximo um amor virtual ou um sexo pelo teclado do seu computador. Não existe mais tempo pra isso.

Tempo é dinheiro, e quem perde tempo amando, perde dinheiro, e quem perde dinheiro passa fome.

O mundo gira o tempo todo, não temos tempo para “brincar de viver”, a vida é única, e mesmo se existir uma outra vida após a morte, a única certeza que você tem da vida, é da sua presente.

Por isso viva!

Se entupa de si mesmo, não doe o que é seu.

Você é um ser único por isso o que realmente importa é você.

Sabe, às vezes muitas pessoas sentem dificuldades de falar de si mesmas, mas não tiro a razão dessas pessoas.

Procuramos uma própria definição, mas é nossa eterna frustração.

Hoje posso dizer um tanto de qualidades, defeitos, idéias e diversas posições, porém daqui dez anos não garanto que eu diria as mesmas coisas novamente.

Pense bem, a cada dia que passa conhecemos pessoas escutamos algo na TV, ou jornal ou em um livro, mudamos, ou melhor, aperfeiçoamos os nossos conceitos.

Tudo bem vou começar então a dizer, quem é minha família, quem são meus amigos, onde nasci, onde estudei, quantos anos tenho e no que trabalho. Mas e daí? Será o suficiente para você conhecer realmente quem eu sou? Não perca tempo, não acredite, jamais você conhecerá.

A cada dia eu surpreendo a mim mesmo, não conheço meu eu (se é que ele existe), não sei o que quero ou onde estou, estou perdido num eterno e profundo Eu.
Então se eu tenho dificuldades de dizer de um próprio Eu tão incerto, como quer me conhecer?

Mas apesar disso tudo, não me conforto, afinal não precisa me conhecer a fundo, conceitue-me somente pelo dia-a-dia que represento pra você e pronto.

Não complique as coisas e não procure fazer perguntas sem respostas.

Não tem nada de mais em eu dizer um pouco sobre mim. Afinal, é preciso conhecer os limites dos outros para que você não os ultrapasse.

O meu mundo é diferente; claro que é. Todos nós vivemos em um único mundo, mas para cada um o seu mundo é particular.

Às vezes andamos pela rua e para cada um de nós, existe um traço a percorrer, e no final todos damos no mesmo lugar. O fim da vida.

Então, o que nos diferencia é como percorremos este caminho, e é aí que surgem as diferenças, e o meu conselho é dar o maior numero de voltas possíveis.

Aproveite o dia, mas cada dia da sua maneira, eu aproveito do meu jeito! Seja original! E aproveite o seu.

O trabalho, o saber e o só são minhas virtudes, e não critique, pois eu quem quero assim.

Uh!!! Como é bom sentir o ar nos meus pulmões, e o sangue pulsando em minhas veias, mas é horrível pensar que este ar é compartilhado.

Tenha sua vida, nada é por acaso. Se uma pessoa sofre por forças maiores, isto não está ao alcance de ninguém para poder mudar.

Simplesmente as coisas devem ser assim e devemos aceitar. Aceite os seus problemas e não perturbe quem está bem.

O tempo que perdemos ajudando a escória poderíamos estar aperfeiçoando os fortes e produtivos.

Vivamos ao capitalismo, e vamos sugar da globalização. O mundo é um grande fluxo, como um enorme circuito e nós os bytes que correm por ele.

A globalização vigia o planeta: a mente, o coração, até o mel das abelhas tem o gosto metálico da radioatividade das máquinas.

A hora é agora.

Vá!

Alcance o seu espaço na multidão, pois aqui já estou, conquistei e criei, com muita luta, suor e dor.

Em todos os casos, não tire conclusões sobre mim. Minhas palavras nesse misera tela, poderiam ter sido diferentes se eu tivesse escrito, em outra hora, dia ou ano.

Assim como o dia nunca é igual quando acordamos, o sol parece sempre do mesmo lugar ao amanhecer, mas na verdade há sempre uma diferença.

Então vou resumir realmente quem sou. Por tudo que eu diga, como origem, fatos e números, nada dirá mais do que se eu disser que simplesmente eu sou Victor, simplesmente Victor. O meu nome.

Parece não dizer muito. Mentira, por trás dele está tudo, somente isso que você precisa saber, o destino do meu nome permanecerá com total exatidão até a extinção dos nossos dias.

Será sempre o mesmo e fim com um único ponto final.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

REAÇÃOOOOOOOOO, IRAAAAAAAAAAA!!!!!

Ira...

Um sentimento muito mais que um pecado!
Perigoso, destrutivo, explosivo, mas muitas vezes a solução de tudo!

Como permanecer inerte ou neutro frente a atos tão absurdos e explícitos?!?!?

Dia 14 de março deste ano, um estudante do antigo curso de Belas Artes da UFMG, ao estar chegando em casa com uma amiga, é surpreendido por trás por outro estudante com um chute. Ele cai e é alvejado por mais chutes na cabeça, costas e estomago, a ponto de perder dentes... tudo isso enquanto foi humilhado ouvindo gritos de xingamentos tais como: “Viadinho!!!”, “Bichinha!!!!”, “Gazela!!!”...
Enquanto isso, os seguranças do local das moradias do campus, onde ele mora, assistem tudo e sequer pensam em agir, até o momento em que a amiga que acompanhava o homossexual começa a defender seu amigo mas é agredida também pelo agressor HOMOFÓBICO e ainda por cima pela namorada do mesmo!!!
Somente assim os seguranças agem e apartam a agressão... E quando o fazem, o Homofóbico diz para sua namorada: “Deixa, amor, já consegui o que queria!!”...

Como suportar saber de uma coisa dessas, um ato HORRENDO e ESTUDPIDO desses e ficar de braços cruzados?!?!? Mesmo que você não seja Homossexual, mas ao menos tem um mínimo de moralidade e justiça, mesmo q você seja um homossexual imbutido no armário ainda, mas tem um pingo de amor próprio e fraternal para com seus semelhantes, NÃO PODEM PERMANECER PARADOS!!!!

TEMOS que AGIR!!!! Temos que sair pelas ruas, exigindo respeito e PUNIÇÕES MUITO mais SEVERAS do que a simples expulsão do agressor das moradias do campus!!!
DEVEMOS reagir!!! USEM a IRA!!!!
Todos temos IRA, todos podemos canalizá-la em prol de uma boa causa, nós não temos esse sentimento à-toa!!! Temos para nos defender e AGIR!!!!

Quando você presenciar algum ato de homofobia ou preconceito, NÃO SE CALE!!!! Exija o seu ou o respeito de quem é agredido!!!
Não podemos deixar que saiam impunes os agressores, isso SIM É PECADO!!! Humilhar e denegrir a vida de quem só quer ser feliz É PECADO!!! Então haja!!!

IRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!
DESTRUAM esses TABUS! DESTRUAM ESSAS BARREIRAS do século passado!!! DESTURAM esses ABSURDOS!!!!

REAJAM!!!! IREM-SE!!!!!

Ela se tornou pecado, porque ela era a solução para os problemas da época!! Se as pessoas da Idade Média irassem-se contra sua condição e sobre seus opressores, igreja e senhores, muito podia-se ter sido diferente!!! E o mundo poderia estar muito melhor!!!!

Sejamos Fortes!!! Sejamos Sábios!! Sejamos IRADOSSSS TAMBÉM!!!!!!!

E danem-se estes IDIOTASHIPÓCRITAS que agridem pessoas que lutam na vida para serem felizes mesmo quando há uma turba que façam de tudo para os DESTRUIR!!!

Somente a IRA ajuda, ideologias tem sido aplicadas Há MUIIIITO tempo! Mas só falar não adianta! Chega momentos que apenas AÇÃO, APENAS IRA resolve!!

IRAAAAAAA

E VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSAO E SEXUAL!!!!!
VIVA A VIDA EM SUA PLENITUDE!!!!
VIVA A IRA!!!! E A PUNIÇÃO DE TAIS FILHOS DA PUTA!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

SEGUNDA RODADA.

Os pecados são sorteados, as decisões se sobrepõe, e os pecadores trocam de vícios.
Uma outra visão acerca do mesmo pecado...

Que comece o jogo.

sábado, 21 de março de 2009

Ai que SACOOOOOOO


O que se pode dizer sobre a preguiça?! A primeira coisa que me vem à mente é a preguiça ENOOOORME de escrever este post, tanto que eu enrolei o máximo que pude e todos os outros pecados querem jogar água sanitária em mim pra me retirar minha límpida cor azul. AFFFFFFFF

Mas já que pelo péssimo censo de deus, sejamos humanos ao menos para entender que preguiça não é fácil! A cada vez que pensava em escrever este post vinha aquela falta de ânimo e pensava em milhares de outras coisas possíveis e mais prazerosas de se fazer do que isso, como dormir, ver TV ou ler um romance... hehehe...ai o que você acha q eu escolhi??!?!?!!

Mas tem hora que não tem como mais... ou eu escrevo isso aqui ou sou excomungado do círculo dos 8 iluminados pecados. Pois é, essa hora chegou e não tenho escapatória!

Bem, isso que acabei de contar é exatamente o que é preguiça: não ter ânimo pra fazer algo, mas ter para fazer outra coisa que lhe dê mais prazer facilmente, ATÉ o momento crítico em que não se tem mais possibilidade de se “empurrar com a barriga” e continuar curtindo a preguiça... Nesse momento se levanta e se pões em prática o que tanto você enrolou pra fazer, mas pra esse momento chegar... vishhhhhhhhhhhhhh...haja paciência de quem está dependendo de você pra que algo aconteça! NUSSA!!!!

Aí está uma das razões de o mundo estar como está, em particular o Brasil. Lembre-se, eu disse UMA DAS RAZÕES, há muitas outras. Enfim no mundo, quem detém o poder, sem nem saber em geral é a MASSA, são as populações, são a maioria q não está nas instituições governamentais, mas quem disse que eles sabem?!?!?

Até que alguns sabem, mas aí vem a preguiça: “O que adianta eu fazer algo pra mudar essa realidade se a maioria ignorante do povo não sabe nem porque está gritando o que um ativista grita lá de cima ou do meio da multidão!? Eles simplesmente acham que estão certos porque muita gente acha o mesmo então eles têm que estar Tb!”

Outra razão pra preguiça: “AH! Pra que eu vou esquentar a cabeça com esse problema que só vai me dar dor de cabeça eu não ou ganhar nada, apenas gastar mais ainda?!”

É pensando assim que a preguiça se acumula, pois ao invés de todos, ou ao menos uma parcela significativa, vejamos 55%, pensasse assim: “Vou lutar por esse meu direito e vou até o fim, custe o que custar porque assim não vou deixar esse monte salafrário ficar mais rico Às minhas custas! E Assim pelo menos outras pessoas criam coragem também e colocam a boca no trombone!”

Ah! Se pensassem assim! O mundo e o Brasil em especial seria um mundo diferente! Mas infelizmente não é assim, é o contrário...A massa está cansada, aprendem na história de seus países o quanto os poderosos roubaram e vêem sempre as mesmas histórias se repetindo sem que ninguém consiga, por mais atuante e poderoso que seja, ater aqueles atos contra a massa, eles próprios.

Mas aí vem o que eu disse anteriormente, chega ao limite, chega a hora em que não dá mais pra enrolar com a barriga, então se junta um, dois, três,quatro e alguns mais que se expõem e questionam o sistema para melhorar suas vidas e a de todos, mas como sempre são rechaçados e esses poucos pagam todo o preço coletivo daqueles q não tiveram a força e coragem de lutar pelo correto, pelo bem comum.

Essa história continua até que, depois de tantos mártires, a massa grita um basta a partir de um evento simples como uma discussão em um bar, ou então uma briga entre um policial e um transeunte, coisa boba, mas que ativa e faz com que toda a massa sinta dentro de si a raiva e a força para gritar e sair às ruas exigindo mudanças ou o fim!

Aí, amigos, encontramos as características da preguiça.... Só isso...falta de ânimo pra fazer algo que precise de energia ou algo a mais para fazer algo mais prazeroso e fácil de conseguir.

Por isso a Igreja Católica tornou o Ócio pecado. O indivíduo com posses nada fazia além de pensar e refletir sobre a vida, cosmo, política e filosofia. Ao menos era assim na Grécia Antiga, pois hoje em dia ócio é ficar coçando o saco vendo futebol esparramado no sofá com latas de cerveja vazias jogadas no chão e uma loirinha gelada na mão em quanto se arrota, mas para a Idade Média, que é quando surgiu a idéia dos pecados, isso era errado, pois todos deveriam se sustentar de seu próprio suor e não à custa de tantos escravos, à final era o que a “santa” bíblia dizia a seus cegos seguidores. Pensando assim ao menos a massa: os servos, camponeses e urbanos eles conseguiam puxar para o lado dos Católicos, pois a única maneira de se salvar do inferno eterno era ela, a salvação....uahauauhuahauauauahauhauhauahuahauahuahauhauhauahuahauh

Ilusão! Só isso resume o que esses indivíduos tinham...

Mas hoje em dia a preguiça se tornou um problema global, principalmente em países desenvolvidos, não apenas pela falta d reação das sociedades quanto À luta pelos seus direitos, fator PRIMORIDAL, mas sim Tb pela obesidade mórbida ou não...

Esse fato tem se agravado pois cada vez mais a vida moderna tem oferecido facilidades para se efetivar suas atividades e obter mais facilmente prazer sem esforço algum, gerando comodismo e além de tudo aumento de sedentarismo...tudo é ...PREGUIÇA!

Pois é...Abram seus olhos! Todos temos Preguiça, tudo depende do momento..mais nada...

Viu só?! Custei a postar, mas quando postei acho que escrevi de mais,,,é o limite que nos obriga a fazer o que devemos fazer...

Mas aqui vai um conselho da própria preguiça em si: nunca deixem chegar ao limite, as conseqüências podem ser altíssimas, como o fato de eu praticamente ter perdido meu papel de postador aqui...

Enfim...Aproveitem seu prazer, mas nunca se esqueçam que para tudo que você faz tem uma conseqüência, então quando o fizer, esteja de braços abertos pra receber as conseqüências que você pode imaginar E aquelas que você não conseguiu imaginar...

Nossa! Preguiça de mim mesmo...cansei de escrever...deixa eu ir ali ouvir música com a bunda virada pra lua...

Uahauhauhauhauahuahau

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Prazer, Carla

Prazer, Carla.

Eu sou uma pessoa invejosa. Me envergonho em dizer isso,
é horrível, e gostaria de jamais ter experimentado
tal emoção na minha vida, mas não tenho salvação
desse vício materno.




Mais uma vez, debaixo da mesma árvore do pátio da escola. Meu caderno ao colo, minha caneta preta descansando entre as brochuras e as pernas cruzadas. Sentada, recostada no tronco, apenas vejo.
O sol da manhã ainda está por ficar mais quente, e o leve vento frio gera o combustível para os demais adolescentes fazerem o que adolescentes fazem nos intervalos.
Hoje é sexta-feira, e não tenho nada planejado para o final de semana, exceto a igreja ao domingo.
Sim, religiosa, e não por obrigação, mas por opção. Quero acreditar em Deus e seus santos, tenho medo do inferno e quero poder salvar o que nessa terra já não vale muita coisa.
Medo de morrer eu tenho muito, pois cada dia acho que não fui uma pessoa boa o suficiente. Que fiz hoje? Absolutamente nada. E meu julgamento no juízo final (se é que haverá um julgamento, ou um juízo, ou ainda, um final) como que fica? Estarei perdida em meio a meus pecados, sou pecadora e preciso de redenção. Vou à igreja e peço a Deus que me perdoe de tudo. Quero ser boa o bastante para entrar no reino bom.
Evito conflitos, evito brigas gerais. Quero a paz mundial. Fico triste ao ver uma pessoa passando fome ou um morador de rua. Sou emotiva o suficiente para tentar sugar as dores dos outros para mim.
Pego minha caneta e continuo meu poema



"Faça-me de trapo
usa meu corpo e abuse-o tanto quanto queira
não valho um trapo
quero ser videira"

Tudo um lixo, será que Graciliano tinha tantos problemas com a escrita? Era tão fácil assim para ele?
Sinto-me inútil. Sou só mais uma garota perdida no mundo, caminhando para o abismo certo, e isso me incomoda profundamente. Incomoda e assusta, sou gata assustada.
Volto a deitar a caneta e olhar o pátio, procuro algo que me interesse, que me distraia. Vejo só as mesmas cenas.
Penso em uma música que gosto, ela ecoa em meus ouvidos mentalmente. A letra não importa, só os instrumentos e a voz do cantor em harmonia já me relaxam mais. Vejo meus colegas de classe se divertindo, as meninas da sala rindo e fofocando, comentando os meninos bonitos e feitos que passam perto, nunca tive isso. Sempre fui tão isolada socialmente que nunca pude aproveitar o que todos gozam diariamente.
Parte por opção, parte por necessidade, não agüentava dedos apontados para mim.
Mal percebi e já havia escrito mais linhas do poema, continuei-o agora com maior consciência.

"Optei por vida morta
Dobrei as dores e as amontoei em fardos
Joguei-os para cima
Agora eles caem de volta na minha cabeça
Os fatos fardos de dores"

Não acho que Deus tenha planos para todos nós, acho que apenas nos joga no mundo e nos deixa jogar o jogo da vida. Um tabuleiro com vários caminhos. No meu caso, fiquei presa no início por muito tempo, e agora começo a tentar me aventurar pelos diversos caminhos.
Vejo todos na minha frente, mas tenho o que mereci por me entregar a treva.
Lá estão todos... Em momentos queria estar com eles, rindo junto com eles, aproveitando a vida junto com eles.
Não gosto muito das Sextas-feiras, todos comentam os planos para o final de semana e eu não tenho nada planejado. A maior emoção que costuma acontecer é quando me colocam para fazer alguma leitura na igreja ao domingo. Todos vão fazer coisas tão mais divertidas. Por que eu não tenho essa sorte? É sorte, a única explicação para uns terem tanta felicidade em suas vidas, e outro absolutamente nada.
Pelo menos tenho minha fé, nada muito forte, mas algo com o que me preocupar e achar que no final ainda sairei por cima.
Vendo-os volto a me perder em meio a pensamentos e o poema já passou de uma página do caderno. Havia virado a folha e nem dado por mim. A mão continua em seu movimento vivo independente de minha vontade.

"Por meu globo de cristal vejo
Observo
Não o futuro, mas o presente alheio
Sofro ao ver o paraíso soberbo
E refletido na imagem convexa existe uma sombra
A minha torta imagem facial
Marginal"

Sou muito mais madura do que as outras meninas da sala, ou até mesmo da escola. Escola de bairro sempre é o mesmo. Todas preocupadas em exibir namorados e ficantes. E os meninos vão pelo mesmo caminho, exibindo ficadas e transas.
Nunca namorei, e apesar da idade que tenho, beijei apenas duas pessoas me minha vida. Quero alguém que me complete, que me ame, e não somente uma transa ocasional.
Não ligo para coisas materiais, diferente dos exibidos de classe média alta daqui. Para mim o básico basta.
No intervalo, em poucas olhadas, vejo tudo isso e sempre falo comigo mesmo as mesmas coisas.
Vejo os mesmos grupinhos estereotipados. As mesmas piadas inter-grupais.
Escuto as mesmas piadas dirigidas a mim.
Nada de muito interessante.
Um menino está conversando com uma menina um ano mais nova. Ele está convicto que o fato de estar uma séria à frente vai garantir um beijo rápido, pois não falta muito para o intervalo acabar.
Três meninas da minha sala estão olhando para uma máquina comentando futilidades.
Estou sentada, debaixo de uma árvore escrevendo palavras aleatórias em meu caderno de sempre.
Acho que me sou carente de atenção. Não! Não posso pensar isso. Muito egoísmo de minha parte. Não, não é esse o problema.
Um menino gordinho vem descendo as escadas a frente que davam acesso as salas. Deveria estar na biblioteca. Passa pelos outros adolescentes. Muitos os olham, com um olhar indiferente, acusador, olharem similares quando eu estou passando. Vejo a cena, um calor sobre por dentro. Quem são eles para olhar os outros assim? Queria estar junto deste menino e defendê-lo.
Não sou forte o suficiente. Queria ser como os populares, convictos e com atitude, queria poder levantar de meu lugar e encarar cada um.
Mas não o faço.
Essa posição social em que sou largada me frustra.
Mais linhas escritas entre pautas

"De um sub-mundo quero assunção
erguer-me aos céus
Quero viver como os deuses
Total redenção
Quero o poder dos demônios
a fé dos pagãos
e festas regadas de gulosos vômitos"


Em muitos momentos me pergunto o porquê eles podem e não merecem. Exatamente, esses quaisquer podem tanto, têm tantos direitos, conseguem tantas coisas, são tão felizes, e ao menos têm noção de tudo isso. Estão inertes mentalmente no próprio êxtase da vida social que não conseguem enxergar que tudo o que eles têm são invejados por tantos outros.
Inveja, sim, isso se chama inveja. O que eu sinto deles é puramente inveja. Mas eu não quero sentir isso. Não me julgue mal, ou ache que sou apenas mais uma vilã de filme ou série, sou apenas uma pessoa normal, que inveja a facilidade que alguns têm em determinadas coisas. Seria inveja ou senso de justiça. E a justiça não seria uma forma organizada da realização dos invejosos?
Não queria sentir isso, rezo em missas todas as semanas pelos sentimentos horríveis que sinto as vezes. Justo eu, como pode ser?
Gasto dias e dias pensando em uma forma de pensar puramente ou julgar algo que vejo, até mesmo evitar o julgamento, mas é inevitável, inerente a meu ser não pensar desse jeito. Na maioria das vezes meu pensamento ultrapassa a velocidade de minha consciência. Quando consigo retardá-lo já me vejo perdida em meio a diabólicas emoções.
Quero algumas prisões, algumas mortes e algumas derramas. Quero um HobbinWood do século XXI que faça a justiça aparecer.
Quero o apocalipse hoje, a revelação e o julgamento dos justos.
Serei justa? Estou sendo certa? Como posso desejar o mal aos outros desse jeito?
Vejo uma onda psicodélica de martirizações dolorosas que estou montando para me castigar. Estou pecando, não estou certa.
Malditas patrícias que têm tudo dos pais. Ordinários playboyzinhos que transformam os finais de semana em bacanais infindáveis.
Como eu queria acender nessa sociedade desgraçada. Meus sonhos giram em torno de uma bela segunda em que chegaria mais bonita, mais alta, mais sexy do que sou hoje. Conversaria com qualquer um que chegasse a minha frente e perguntasse como foi o final de semana. Descreveria meu lindo namorado que havia me chamado para transar em algum lugar inesperado. Como queria matá-las de ódio, de inveja.
Sim, queria transplantar meu pecado nelas. Livrar-me dele o mais rápido possível.
Não consigo evitar o pensamento, eu tento evitar, mas seu sabor é pecaminosamente delicioso.
Quantas rezas farei no domingo para que Deus me perdoe por hoje?
Deus, me tire esses pensamentos.
Pensar é pecar?
Se não for, a inveja não deveria ser um pecado. Exatamente.
Sentir raiva é diferente de agredir alguém. Ninguém pode ser culpado por ter raiva.
Todos os outros pecados envolvem fazer algo, uma ação (ou falta dela). A inveja, diferentemente, não necessariamente exige uma ação. Aliás, caso ela vire uma ação ela passa a assumir alguma outra característica.
Querer ser mais linda que as outras é totalmente diferente de se tornar mais linda por maquiagens, compras excessivas e cirurgias plásticas. Querer ter finais de semana melhores que os outros é muito diferente que se drogas em festivais eletrônicos. Imaginar transar luxuriosamente mais que o outro é diferente de ser uma prostituta gratuita.
O outro, o outro. Desgraça! Odeio pensar nisso, mas não consigo fugir.
Talvez esteja ai o meu problema. Todo mundo me evitava enquanto eu queria estar com todo mundo. Fui rejeitada querendo estar entre os julgadores. Queria ser mais uma romana.
Já que não sou, agora, quero ser não algo de bom para mim, quero ser algo melhor que ELES. Somente eles. O resto não me importa.
Não quero ser diferente do mundo, quero ser igualmente melhor que ELES.
Fazer com que todos queiram estar do meu lado, me usar como exemplo.
Vou sim a igreja, quero que um dia alguém dê valor a isso e comece a me elogiar. Elogios, só peço elogios.
É pedir de mais?
Droga, estou pensando cada vez mais obscuramente, pareço só mais uma bruxa. Sou uma bruxa, mas as vezes acho que nem pra ser alguma coisa ruim eu serviria.
Queria destaque, sair do globo de vidro e ser colocado em pedestal.
Querer ser o que não posso ser. Ter a capacidade de escolher, pois estou sempre em total consciência, entre um caminho e outro e preferir aquele que sei que não devo.
Não devo, é tortura nítida, mas é minha necessidade. Querer não somente mais estar no meio daqueles que critico aqui.
Estar um passo, só um passo, a frente deles, para julga-los a meu ver, organizá-los a meu bel prazer.
Tornar as coisas certas. Exatamente. Quero ordem.
Tornaria um lugar melhor com a minha ordem. Onde ninguém iria mais criticar o outro por ser diferente. Meu desejo: acabar com a inveja. Terminar com esse maldito pecado induzido. Sim!
IN-DU-ZI-DO
Não seria assim ou pensaria demoniacamente assim se não fossem as pessoas. Quero acabar com esse pensamento.
Nem a pior das pessoas merecem senti-lo. Talvez sim. Mereçam senti-lo aqueles que nunca precisaram sentir, aqueles que geram isso na gente. Na minha gente.
Minha gente que se encolhe num canto, sentam debaixo de árvores, esgueiram por entre corredores, sentam nas primeiras carteiras, ficam em casa, dormem cedo. Minha gente que sempre anda de cabeça baixa.
Somos vítimas da inveja. Não a queremos. Quem quer inveja?
A inveja é feita para duas pessoas: as doentes e as excluídas.
Sou excluída.
Ninguém quer desejar o mal a ninguém, desejar não ir para cima, pois não preciso necessariamente melhorar. Aliás, acho até mais conveniente que eles percam tudo e fiquem pior do que minha forma atual. Continuaria do jeito que sou e minha revanche seria a mais ideal possível. Faria os reis virarem escravos dos camponeses.
Só penso isso pois fui obrigada a pensar assim, mas não queria, ao menos, precisar imaginar coisas assim.
Minha mente é meu infinito cárcere. Estarei fadada a morrer mergulhada em vótex de conceitos psicanalíticos.
Cansei de tudo isso, estou ficando louca. Peco e não quero pecar, mas me da vontade de continuar minha caminhada na vida.
Meu pecado me da forças para lutar contra o medo da morte e do julgamento. Pois quero continuar até o último segundo acreditando que a justiça será feita.
Minha inveja me tornará forte para combater tantas Segundas-feiras vierem, em que meu estado moribundo pós Domingo será quebrado pelos sons alegres de meus colegas de classe disputando quem teve o melhor final de semana.
Irei usar da inveja para conseguir o que quero, e assistir meu objetivo.
Essa sensação está se tornando muito forte, esta inundando meu corpo e posso ver minha alma indo mais próxima ao inferno. Estou condenada. Quero me condenar eternamente para satisfazer meus anseios por justiça.
Sinto tudo ao mesmo tempo.
"Carla, Carla" Olho para cima e vejo um menino da minha sala me chamando. O intervalo havia acabado e eu não escutara o sinal.
Ele apontou para meu caderno, a caneta havia estourado. Odeio quando essas canetas vagabundas estouram na minha mão. A tinta espalhara por quase toda a extensão das páginas abertas. Minha mão estava negra e gotejando líquido viscoso.
Quase todos já haviam se direcionado para as respectivas salas. Deixei o caderno no chão, levantei, observei cuidadosamente minha mão, que bagunça.
Agachei-me para pegar o caderno. Quando pus minha mão nele observei um canto ainda intacto pela tinta.
Algumas palavras do poema que havia escrito durante o intervalo ainda haviam se salvado. Li-as.
Gelei. Tremi. Peguei o caderno com raiva, direcionei-me ao lixo, e pouco antes de jogá-lo lá para nunca mais vê-lo novamente, reli as palavras que, novamente, bateram na minha cara e me fizeram sentir medo do julgamento final mais uma vez:









"...Eu quero ser
melhor que você
..."

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Vaidade, O pecado do SER

A vaidade...Ah, sim!
Este é um pecado dos mais dolorosos e deliciosos de se cometer e dos mais difíceis também. Pois não recompensa sempre ao pecador imediatamente e exige que seja cometido de forma impecável.
Dentre todos, este é o que pede mais dele, o que envergonha aonde este, 'não é': superior, magnífico, supremo, adimirável, invejável, apetitoso, perfeito e belo...

Vocês podem muito bem e equivocadamente acharem que conhecem muito de vaidade nos dias de hoje, com este culto desenfreado e desmedido ao corpo e a forma perfeita, mas a verdadeira vaidade vai muito além das meras aparências.
Estas são apenas um débil e pálido reflexo superficial da verdadeira vaidade em todo seu poder.

O verdadeiro vaidoso não se permite, nunca sequer concebe ser menos que o mais amado, o mais querido, o mais desejado, o mais inesquecível e insubstituível na vida das pessoas e por onde quer que passe.

O verdadeiro vaidoso morre quando é menos que o único. Sua alma se alimenta de todos os olhares, da adoração e até mesmo da cobiça alheia.
Quem peca por vaidade não vê vida fora da magnitude, da excelência e da superioridade sobre a grande maioria. Seja esta excelência moral, emocional, material ou estética.
É um pecado metafísico, que sacia o sentimento do ser.
É uma questão de ser ou não ser, de vida ou morte, de glória ou humilhação, de tudo ou nada.
Um vaidoso reconhece outro vaidoso, o resto é platéia; Aplausos em potêncial...

Os outros podem facilmente confundí-lo com "uma pessoa maravilhosa, generosa, iluminada" ou com uma pessoa de sorte por ter achado a felicidade plena no amor e num casamento de quase 50 anos, ou mesmo por ter encontrado equilíbrio, serenidade e paz interior invejável ou por ser bem sucedida na vida profissional, isto depende do que ele julgar como mais adimirável.

O vaidoso não suportaria viver sem as carícias da glória sobre o que chama como vida.

E nunca se sabe..Porquê uma pessoa realmente vaidosa é aquela capaz dos gestos mais nobres da face da terra, dos sacrifícios mais adimiráveis, dos sentimentos mais profundos e raros.

A beleza, seja ela abstrata, interior, moral ou material não lhe pode escapar ao apetite voraz.
Mas ninguém o pode julgar ou pensar que este não é verdadeiro em suas emoções e sentimentos.
Por vaidade, se torna justo o mais verdadeiro dentre todos. E jamais se permitiria menos...
As lágrimas e os sentimentos mais delicados podem ser belíssimos e finos "apetrechos".
Aqueles à quem a vaidade beijou, são imortais de alguma forma.
Astuciosamente se eternizam das mais inusitadas e belas maneiras.
Estes sempre fazem algo de grandioso para sobreviver a sua condição efêmera.
E quanta inspiração, talento, sensibilidade e genialidade não está repleta a História das artes e da humanidade como um todo?

Quantas obras-primas de grandeza e beleza inquestionáveis, quantos bravos heróis notáveis, de ideais adimiráveis façanhas ou mesmo mártires de bondade incomensurável, hoje não são adimirados através dos séculos, tendo teus bustos esculpidos e exibidos com todas as honras para que as futuras gerações nunca se esqueçam de suas façanhas gloriosas, de seu explendor ou genialidade?

Não...Em definitivo.Isto que vemos na sociedade atual, nunca foi vaidade.
Este culto a "casca" perfeita é apenas um grito dos demais perante a constatação de sua infinita e irremediável banalidade efêmera e de seu destino descartável, como um copo plástico, e ordinário em meio a milhares.
E mesmo que a vaidade não seja perdoável, quem pode dizer que não é o dentre todos o que mais compensa?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Let' s Talk About... PLEASURE!


"E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida

E o corpo inteiro como um furacão

Boca, nuca, mão e a tua mente não"

[Todo Amor Que Houver Nessa Vida - Cazuza]



Desperte os seus cinco sentidos e quantos mais você tiver, a Luxúria está entre nós para saciar todos eles.


Certamente é o pecado mais hedonista de todos, muitas vezes indo além das quatro paredes de um quarto e se manifestando em muitas outras formas de prazer. É o pecado que violenta os seus sentidos a fim de te levar às mais variadas formas de êxtase. Mexe com as suas fantasias, fraquezas e delírios mais íntimos. É o pecado que faz com que alguns encontrem o prazer até mesmo na dor.


Falando da luxúria em seu estado mais primitivo, eu diria que ela é o impulso básico que nos colocou aqui hoje. Conclusão óbvia, não?


Somos animais. Não vou entrar no mérito da racionalidade ou não- racionalidade, o fato é que somos animais e disso (ainda) não podemos escapar. Como bons animais que somos, continuamos a guardar em nossos corpos resquícios de uma época em que não podíamos contar com outra coisa para sobreviver em um mundo naturalmente hostil, além de nossos instintos. Então, se pensarmos por este viés, pode- se encarar a Luxúria como um mecanismo de sobrevivência. Mas - animais espertos que somos- descobrimos que este nosso instinto também é uma inexplicável fonte de prazeres. Mas, como disse anteriormente, esta é uma visão primitiva da Luxúria.


Com nossa suposta evolução (seja lá o que isso signifique), fomos desvendando a poderosa máquina que é nossos corpos, descobrindo todas as possibilidades e tirando o máximo proveito dos prazeres que nos foram revelados. Mas acontece que, de um momento para outro, se tornou um pecado grave entrar em contato e assumir nosso lado primitivo. Nossos instintos foram chamados de irracionais e aprendemos a negar o nosso lado animal.


Abarrotados de uma culpa judaica- cristã que nos é incutida silenciosamente desde o momento de nosso nascimento, a maioria de nós passa a vida tentando disfarçar a Luxúria que permanece latente. Inventamos sentimentos, nomes e justificativas. Tomemos como exemplo o amor: Perdoem-me a franqueza, mas ninguém faz amor. As pessoas transam, trepam, fodem... Chame como quiser, mas não me venham com essa de amor. Não, isto não é uma negativa da existência do amor, especialmente do amor- romântico. Acontece que esta é apenas mais uma expressão inventada para nos aliviar a culpa de nos deliciarmos com prazeres tão carnais, tão animalescos. Sendo o amor um sentimento dito tão sublime e refinado, tornar a Luxúria parte do amor a torna menos animal. Vamos aos fatos: Por mais que você ame alguém, ninguém desperta seu corpo simplesmente por amor. É preciso bem mais que juras de amor, que encontro de almas: É preciso encontro de corpos com todos os cheiros, visões, toques, gostos e sons que este encontro implica. Para que haja tal encontro, o amor e até mesmo a paixão são absolutamente dispensáveis, mas nem sempre a recíproca é verdadeira. Quantas lindas histórias de amor não viram seu fim chegar por falta de Luxúria?


A verdade é que simplesmente não conseguimos abdicar dos prazeres, sejam quais forem. Se não for pelo sexo, buscamos sentir o prazer em outras fontes. A Luxúria é inexorável. É o que faz com que alguns vivam alguns segundos no paraíso ou que outros acendam um cigarro no fim da noite para tentar prolongar a sensação de bem- estar.
Seja como for, todos estamos sempre em busca da petite mort que a Luxúria nos causa.

Eu sou a Luxúria, e o prazer todo seu...



*Imagem: O Jardim das Delícias - Hieronymus Bosch (1504)