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Quem somos nós.

Meros mortais, um grupo de 8 pessoas que n se conhecem; ou se conhecem; não sei!
Que decidimos em conjunto; ou não a escrever sobre pecados.

No final de cada ciclo, sorteamos o proximo pecado que cada um defenderá, a idéia é cada autor escrever sobre cada pecado, e assim, finalizando um total de 64 posts, 8 visões sobre 8 vícios.

Sejam bem vindos!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Vaidade, O pecado do SER

A vaidade...Ah, sim!
Este é um pecado dos mais dolorosos e deliciosos de se cometer e dos mais difíceis também. Pois não recompensa sempre ao pecador imediatamente e exige que seja cometido de forma impecável.
Dentre todos, este é o que pede mais dele, o que envergonha aonde este, 'não é': superior, magnífico, supremo, adimirável, invejável, apetitoso, perfeito e belo...

Vocês podem muito bem e equivocadamente acharem que conhecem muito de vaidade nos dias de hoje, com este culto desenfreado e desmedido ao corpo e a forma perfeita, mas a verdadeira vaidade vai muito além das meras aparências.
Estas são apenas um débil e pálido reflexo superficial da verdadeira vaidade em todo seu poder.

O verdadeiro vaidoso não se permite, nunca sequer concebe ser menos que o mais amado, o mais querido, o mais desejado, o mais inesquecível e insubstituível na vida das pessoas e por onde quer que passe.

O verdadeiro vaidoso morre quando é menos que o único. Sua alma se alimenta de todos os olhares, da adoração e até mesmo da cobiça alheia.
Quem peca por vaidade não vê vida fora da magnitude, da excelência e da superioridade sobre a grande maioria. Seja esta excelência moral, emocional, material ou estética.
É um pecado metafísico, que sacia o sentimento do ser.
É uma questão de ser ou não ser, de vida ou morte, de glória ou humilhação, de tudo ou nada.
Um vaidoso reconhece outro vaidoso, o resto é platéia; Aplausos em potêncial...

Os outros podem facilmente confundí-lo com "uma pessoa maravilhosa, generosa, iluminada" ou com uma pessoa de sorte por ter achado a felicidade plena no amor e num casamento de quase 50 anos, ou mesmo por ter encontrado equilíbrio, serenidade e paz interior invejável ou por ser bem sucedida na vida profissional, isto depende do que ele julgar como mais adimirável.

O vaidoso não suportaria viver sem as carícias da glória sobre o que chama como vida.

E nunca se sabe..Porquê uma pessoa realmente vaidosa é aquela capaz dos gestos mais nobres da face da terra, dos sacrifícios mais adimiráveis, dos sentimentos mais profundos e raros.

A beleza, seja ela abstrata, interior, moral ou material não lhe pode escapar ao apetite voraz.
Mas ninguém o pode julgar ou pensar que este não é verdadeiro em suas emoções e sentimentos.
Por vaidade, se torna justo o mais verdadeiro dentre todos. E jamais se permitiria menos...
As lágrimas e os sentimentos mais delicados podem ser belíssimos e finos "apetrechos".
Aqueles à quem a vaidade beijou, são imortais de alguma forma.
Astuciosamente se eternizam das mais inusitadas e belas maneiras.
Estes sempre fazem algo de grandioso para sobreviver a sua condição efêmera.
E quanta inspiração, talento, sensibilidade e genialidade não está repleta a História das artes e da humanidade como um todo?

Quantas obras-primas de grandeza e beleza inquestionáveis, quantos bravos heróis notáveis, de ideais adimiráveis façanhas ou mesmo mártires de bondade incomensurável, hoje não são adimirados através dos séculos, tendo teus bustos esculpidos e exibidos com todas as honras para que as futuras gerações nunca se esqueçam de suas façanhas gloriosas, de seu explendor ou genialidade?

Não...Em definitivo.Isto que vemos na sociedade atual, nunca foi vaidade.
Este culto a "casca" perfeita é apenas um grito dos demais perante a constatação de sua infinita e irremediável banalidade efêmera e de seu destino descartável, como um copo plástico, e ordinário em meio a milhares.
E mesmo que a vaidade não seja perdoável, quem pode dizer que não é o dentre todos o que mais compensa?